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Governo nega nova taxa para compras internacionais e diz que só reforçará fiscalização

‘Nunca existiu isenção de US$ 50 para compras on-line do exterior’, afirmou o Ministério da Fazenda em nota; entenda o que vai mudar na prática

Governo nega nova taxa para compras internacionais e diz que só reforçará fiscalização
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O Ministério da Fazenda reafirmou na quarta-feira (12) que não será criada uma taxa para compras internacionais, em sites como a Shein e a Shopee, e que o governo federal vai apenas reforçar a fiscalização sobre as remessas do exterior.

“Nunca existiu isenção de US$ 50 para compras on-line do exterior. Portanto, não faz sentido afirmar que se pretende acabar com o que não existe”, afirmou o ministério em nota. “Nada muda para o comprador e para o vendedor on-line que atua na legalidade”.

No centro da polêmica estão os e-commerces asiáticos que entraram no Brasil nos últimos anos e ganharam mercado com produtos mais baratos do que os concorrentes nacionais. Entidades do varejo e empresas alegam competição desleal e têm pressionado o governo por mais fiscalização.

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Empresas como SheinShopee Aliexpress são acusadas de usar uma brecha na legislação brasileira para não pagar tributos. Isso porque existe uma isenção do Imposto de Importação para bens de até US$ 50 comercializados entre pessoas “comuns” (as empresas pagam o tributo independentemente do valor).

Os sites driblam a fiscalização brasileira enviando os produtos como se o remetente fosse uma pessoa física, não jurídica, por causa da isenção. Eles também dividem um pedido de um mesmo cliente em vários pacotes, para evitar também a tributação de compras acima de US$ 50 (cerca de R$ 250).

A estimativa de representantes do varejo brasileiro é que a evasão fiscal gire em torno de R$ 14 bilhões por ano. A taxação dessas compras internacionais está na mira do governo porque, além da pressão das empresas, seria possível aumentar a arrecadação.

O Ministério da Fazenda destacou no comunicado que a isenção de US$ 50 se aplica só para o envio de remessas entre pessoas físicas. “Se, com base nele, empresas estiverem fracionando as compras e se fazendo passar por pessoas físicas, estão agindo ilegalmente”.
 

MP das ‘brusinhas’

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou ao UOL que, por causa do problema, o governo federal pretende mudar a regra e passar a taxar todas as remessas internacionais — inclusive entre pessoas físicas, que hoje são isentas e usadas como brecha.

A mudança ocorreria por meio de uma Medida Provisória (MP), que estava sendo finalizada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e passaria a valer quando fosse publicada no Diário Oficial da União — o que não ocorreu.

Segundo o UOL, a MP traria duas mudanças importantes: a obrigatoriedade de prestar declarações completas e antecipadas de importação (com possibilidade de multa em caso de informações incompletas e/ou erradas) e o fim da distinção de tratamento nas remessas por pessoas físicas.

“Essa distinção só está servindo para fraudes generalizadas nas remessas”, afirmou Barreirinhas ao site. “A nossa proposta é para unificar essa situação, ou seja, não abrir essa discussão, que mais se presta para fraude do que para qualquer outra coisa”.

Mas o governo recuou dias depois, diante da repercussão negativa da medida. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que “o presidente pediu para tentar resolver isso administrativamente, usar o poder de fiscalização da Receita Federal sem a necessidade de mudar a regra atual”.

Fiscalização das importações

O governo pretendia reforçar a fiscalização obrigando o exportador a prestar declaração antecipada com dados do exportador e de quem compra, além do produto em si. Segundo a Fazenda, não haveria qualquer mudança para quem compra e vende legalmente produtos pela internet.

“As mudanças vão beneficiar o consumidor que vai receber suas compras on-line mais rápido, com mais segurança e qualidade. Isso porque os produtos terão o processo de liberação agilizado, a partir das informações prestadas pelo vendedor legal, enquanto ainda estiverem em trânsito para o país”, diz.

A nota do ministério destaca ainda que as empresas brasileiras também serão beneficiadas — principalmente as pequenas, que mais empregam e pagam corretamente os seus impostos.

Ao UOL, o secretário da Receita disse que a legislação atual não dá conta do volume de produtos que têm sido enviados ao Brasil. Ele diz que cerca de 170 milhões de encomendas entraram no Brasil em 2022 — uma média de 465 mil por dia — e que a estimativa é que esse número suba para 200 milhões neste ano.

Multa de 50%

Barreirinhas afirmou também que as empresas poderão ser multadas em 50% do valor da mercadoria caso a remessa seja declarada com subfaturamento ou dados incompletos/incorretos.

“Essa multa já existe para as importações em geral, mas a discussão será aplicável para esse tipo de encomenda, esse tipo de remessa simplificada”, afirmou ao UOL. “Nós vamos deixar claro que é aplicável uma multa de 50% caso o bem seja declarado a menor”.

Ele disse ainda que “a empresa tem todo interesse em declarar corretamente [a remessa internacional], senão o custo para ela vai ser grande”.

“Se não fizer essa declaração antecipada e o bem chegar sem declaração ou estando incorreta, vai ter que voltar. Ou o transportador vai destruir, caso o remetente não queira bancar esse retorno”, afirma o chefe da Receita. “Alguém vai pagar um custo alto por um transporte irregular”.

(Com Estadão Conteúdo)

 

 

 

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JHN Redação

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